Há um tenebroso lado escuro na cultura pop-norte americana como você certamente já percebeu lendo este blog. E ninguém mergulhou mais fundo no moderno gótico americano do que Thomas Pynchon, autor de Vineland e O Leilão do Lote 49, entre outros romances. Num artigo assinado por Douglas McDaniel no site Desiformation: www.desinfo.com a obra do autor é descrita como “alusiva, elíptica, absurda e criptográfica”. Segundo MacDaniel “a ficção de Pynchon vai além da habilidade cognitiva do leitor (…). Pode levar semanas, meses, anos para que o texto seja decifrado e, mesmo depois, a obra não estará terminada. Como um pírula, a ‘pynchomalia’ demora para ser absorvida até que sinta os efeitos. Mas aí será tarde demais. Você será um deles”
É um texto de um fã entusiasmado, é claro. Mas Thomas Pynchon é mesmo um dos escritores mais originais e influentes da atualidade. Sua obra é fascinante detectável na obra de Dan Delillo e Paul Auster, William Gibson e Bruce Sterling.
Além disso, Phynchon se esforçou para criar uma lenda em torno de si. Assim como J.D.Salinger, ele é um recluso que não dá entrevistas nem se deixa fotografar. Alguns conspirologos chegam a afirmar que Thomas Pynchon não existe e que ele é, na verdade, um pseudônimo adotado por Jim Morrison depois que o roqueiro forjou a propia morte em Paris. Só tem um problema nessa teoria: o primeiro romance de Pynchon, V, é de 1963, e Morrison morreu em 1970.
O que diferencia Pynchon de outros escritores góticos é o senso de humor debochado e irônico. No romance O leilão do lote 49, de 1965, a historia gira em torno de um serviço secreto de correio chamado Trítero, criado na Europa no final do Sacro Império Romano-Germânico e que evolui, nos Estados Unidos, para um sistema de comunicação underground entre deserdados, malucos, revolucionários e paranóicos.
A personagem central, Édipa Maas, tem sérias dúvidas de está realmente desvendado uma conspiração mundial ou envolvida num trote de prorpoção colossal. Mas por que tantas pessoas perderiam tanto tempo numa piada tão elaborada?, questiona a personagem. E, afinal qual é a graça? A graça está na engenharia da piada – mas essa só é outra teoria conspiratória
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Hatsune Mayu Chan
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