Quando o romance Q – a Caçador de Hereges (Conrad, 2002), assinado pelo PROJETO LUTHER BLISSETT, foi lançado na Itália no final do século 20, alguns críticos atentaram para a semelhança estilística e temática com os livros de Umberto Eco. O PLB negou, no entanto, qualquer relação com o romancista e semiólogo italiano. E vice-versa.
Mas Umberto Eco e Luther Blissett têm mais em comum do que ousam admitir. O PLB adota a tática da subversão pelo caos, com a criação de lendas urbanas e falsas conspirações. Umberto Eco se dedica á mesma coisa – pelo menos na literatura. No romance Baudolino (Record, 2001,) por exemplo, a trama gira em torno da invenção do lendário reino cristão dos Prestes João no século 12. Em O Nome da Rosa (Nova Fronteira, 1983), sua obra mais famosa. Eco segue os passos de Jorge Luis Borges e cria um livro falso (A comédia de Aristóteles), mantido oculto num mosteiro medieval graças a uma série de assassinatos. Em O Pêndulo de Faucault (Record, 1988), os personagens centrais são dois editores picaretas que inventam uma complicada teoria conspiratória envolvendo os TEMPLÁRIOS. Mas a falsa conspiração se torna real quando alguns malucos a colocam em prática
Além das obras literárias, Umberto Eco Também escreveu vários ensaios sobre conspirações. Analisou, por exemplo, os falsos PROTOCOLOS DO SÁBIO DE SIÃO e as teses pouco ortodoxas de Jacques Bergier (veja NAZI-SATANISMO). Alguns autores de direita chegam a acusar o escritor de ser líder – ou, pelo menos, o guru – do PLB. No entanto, como o coletivo anarquista trabalha com a falsidade e a dissimulação, até essas denuncia precisam ser vistas com desconfiança e ironia.
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Hatsune Mayu Chan
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